O fato é que o modelo presencial ainda predomina, e muitas empresas o adotam como única possibilidade. Sendo a ida ao escritório inevitável, como torná-la mais atrativa?
O problema não é o escritório em si, mas o que ele oferece (ou deixa de oferecer). Se o presencial for apenas um lugar de cumprir horário, sob controle rígido, sem benefícios claros, a resistência será grande. Mas se for um espaço de experiência, conexão e valor agregado, a equação muda.
Separamos algumas ideias que podem agregar muito nos regimes presencial e híbrido:
O ambiente que vale o deslocamento: se o colaborador vai enfrentar trânsito, que ele tenha algo que justifique o deslocamento: mentorias rápidas, workshops, momentos de troca que realmente não aconteceriam no remoto.
Flexibilidade de verdade: se o modelo é híbrido, que os dias no escritório sejam por propósito, não por obrigação. Permitir que times combinem seus momentos presenciais, evitando idas desnecessárias é uma postura muito inteligente de se adotar, quando viável. Repensar os horários para fugir do trânsito e transporte lotado ajuda muito a vida do colaborador, especialmente em cidades grandes.
Sobre benefícios: vale-transporte ou auxílio-mobilidade são básicos. Outros incentivos como fornecer refeições de qualidade, ou até mesmo um dia livre mensal para quem cumpre certa frequência presencial pode ser muito estimulante.
Não adianta apenas cobrar da empresa. Profissionais também precisam entender que, em muitos casos, o híbrido ou presencial é uma realidade e que resistir sem propor alternativas só gera conflitos. A saída pode estar no diálogo e negociações justas.
Não há fórmula pronta, mas uma coisa é certa: o modelo atual não pode ser uma simples volta ao passado. O desafio é tornar o escritório físico um lugar onde as pessoas queiram estar, não apenas um protocolo a ser cumprido.